domingo, 13 de abril de 2008

Análises

Eu sou uma pessoa que defende várias teorias - minhas diga-se. Se as minhas teorias não precisassem de ser comprovadas e se só pelo facto de eu elaborá-las desse para eu viver abastada, neste momento tinha uma ilha no pacífico, o problema é que tudo precisa de ser confirmado pela dita "ciência" que nem sabe a origem de uma cefaleia, mas tudo bem é ciência tem desculpa.

E o que é que se sucede... eu ontem por ordem da minha médica fui fazer aquilo a que essa gente chama de "análises de rotina". Por isso, contrariada dirigi-me a uma clínica para "voluntariamente" dizer : Sim, sim, consinto que vossa excelência me estropie o braço e me tire o meu sangue que me custa tanto a fabricar. E lá assinei os papéis.

E foi aí nesse preciso momento...não afinal não foi aí. Dirigi-me para a sala de espera e mal me sentei chamaram-me, o que só por si demonstra que algo se estava a passar de errado, porque vá lá, clínicas portuguesas sem tempo de espera não são clínicas portuguesas. Daí eu pensar para mim : Mau!

E foi aí que.. não ainda não foi aí. Entrei para a sala e olhei para a "tipa-enfermeira", que com um sorriso amigável( mas que eu interpreto como hostil ) me perguntou: Está tensa? Claro que me fiz de valente e disse: Quem eu? Ná! Havia de me ver no hospital a levar com um enfermeiro estagiário que me espetou com uma agulha no braço 8 vezes para me encontrar uma veia! - isto é verdade e penso que explica o meu pavor em relação a agulhas.

Bom a festa continuou e a tipa tirou quatro frascos para meter lá o meu precioso sangue, depois tirou a agulha e a seringa para cima da mesa e explicou-me ao pormenor o que me ia fazer, pedindo-me para relaxar. Malta gira esta, depois de eu ter visto a preparação toda do processo e o tamanho da agulha " há..relaxe ", engraçado.

E foi nesse preciso momento - e agora sim - em que agulha entrou em contacto com a minha veia que eu elaborei a minha teoria: Esta gente que se diverte a escarafunchar o braço dos de outrem, são pessoas más. Têm que ser. Aposto que quando eram crianças faziam parte daquelas que atiravam pedras aos ninhos dos pássaros e metiam pionezes nos bancos dos professores.

Era bom que esta malta tivesse o seu profile de criança, aí aposto que a ciência me dava razão.

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