Devo confessar que já há muito tempo que não me ria tanto, é a isto que eu chamo humor de qualidade e de facto é assim que se vê a qualidade dos actores no nosso País, Nuno Lopes uma palavra para ti - perfeito ! Percam tempo a ver vale mesmo, mesmo a pena.
Existe qualquer coisa no mundo dos condutores que me intriga. Penso e, cada vez mais tenho a convicção que existem dois mundos, o mundo dos não condutores e o mundo dos condutores.
Ainda me lembro quando fazia parte do mundo dos não condutores! Há três semanas atrás, eu era uma tipa com um estado psicológico equilibrado e harmonioso, fazia as coisas ponderadamente e só proferia injúrias esporadicamente.
Agora estando integrada no mundo dos condutores dou por mim a receber insultos de pessoas que não conheço, a retribuir palavras nada afáveis e a não respeitar as velocidades. Recuso-me a conduzir acima dos 50 km/h, causa-me impressão ver a estrada a fugir-me por debaixo do capô do carro.
Implicam por andar de vagar, não percebo porque! Quando existem tipos que já têm a carta de condução à mais tempo que eu, como no outro dia assisti em Belém, e que não sabem estacionar em L, o tipo demorou mais de 30 minutos a conseguir estacionar o carro, enquanto que eu sei estacionar se for preciso, de acordo com todas as letras do abecedário. Isso sim merece todo o tipo de calúnias, porque não só empata o trânsito como também inquieta as pessoas, que ficam com a sensação que chegavam lá e estacionavam o carro num ápice.
Por isso penso descabido os insultos que ouço quotidianamente. Até porque chateia ter que agora andar a fixar sinónimos de palavrões de modo a evitar uma exaustiva repetição dos mesmos.
Dito isto, saudades dos meus tempos de velocípede de três rodas.
- (João, 7 anos) Sabes uma coisa?
- (Eu) Diz lá!
- Já tenho namorada!
- A sério?
- Sim!
- E como é que a pediste em namoro? Escreveste-lhe um papelinho? Ou falaste com ela pessoalmente?
- Nem uma coisa nem outra...
- Então?
- Enviei-lhe um mail!
Eu fui umas das vá...40 pessoas que se encontrava no metro no momento da chamada " cheia". Para quem não sabe o metro de sete rios ficou com umas "poçinhas de água", o que fez com que muitas pessoas começassem a correr em direcção à saída e outras optassem por tirar os sapatos e as calças e pô-las na cabeça dirigindo-se calmamente pelo rio adentro. Eu optei pela primeira solução, visto que naquele dia a lingerie não me favorecia.
Não sei se quiseram testar um metro subaquático, eu até sou a favor porque gosto de água, contudo água com lixo e lama não, toda a gente sabe que isso impossibilita a criação de peixes e era giro que enquanto eu fosse no metro apanhasse peixinho graúdo para o meu jantar já que chego sempre tarde e a más horas a casa. Para constatar a minha situação, devo dizer que já há cerca de 3 meses que o meu jantar é arroz com atum de lata, de vez em quanto sabia bem variar entre arroz e ... robalo por exemplo.
Por isso metro subaquático sim, desde que possibilite complementar a zona exclusiva económica no âmbito da pecuária.
Depois quando finalmente consegui chegar à saída, deparei-me com carros que vinham na minha direcção, achei estranho porque não tinham condutor. E enquanto olhava para o lado via o stand da Mercedes com água..ao que eu me questionei : " Olha o stand virou aquário também, mas fino fino...não é um aquário qualquer..não não, é um aquário da Mercedes!" Enquanto o homem que devia de ser o proprietário gritava alguma coisa como : "Salvem-me os carros!". Achei novamente estranho, até porque ali dentro existia tudo menos carros, provavelmente foi um pretexto para se vangloriar que tinha muitos carros.
Continuei a subir a rua que dava acesso ao jardim zoológico. Nisto passo debaixo de uma cascata, muito bem conseguida em termos arquitectónicos desde já, pois ia jurar que aquilo era um viaduto.
Finamente depois de ter levado com mais água e de estar encharcada, chego à estrada do Jardim Zoológico onde estavam pedras da calçada no meio da estrada e a RTP, tive que ter muito cuidado para me desviar da RTP.
Consegui acabar por chegar a casa a são e a salvo. Contudo fui-me sempre a questionar porque raio é que insistiram em fazer um metro subaquático naquele dia em que até estava frio, enquanto no verão uma pessoa quer um bocadinho de frescura e nem uma pinga de água encontra. A resposta era óbvia... quiseram aproveitar o tempo da chuva para poupar no abastecimento de água! Os malandros!
- (eu) Muito bom dia, queria comprar o meu passe se fizer o favor.
- (senhora) Muito bem, então diga-me lá..
- Fertagus, Tst, Metro, Carris e Cp, já agora como é que funcionam os expressos?
- (olhando para mim com uma expressão espavorida) A gasolina está assim tão cara?
- Não, eu é que prefiro dizer todos os dias que tenho mordomes que me levam a todo o lado, é uma questão de status percebe?
"Uma empresa espanhola despediu uma funcionária que está hospitalizada em coma. A companhia, com sede em Barcelona, alega falta de assiduidade e pontualidade para avançar com o despedimento." JN
Ora, vamos lá ver o que é que me escapa aqui. Portanto, a senhora encontra-se em coma e, segundo o que me foi ensinado e do pouco conhecimento que possuo na área, por coma entende-se inércia física e intelectual, mas não sei isto digo eu. Logo, acho um pouco difícil a senhora comparecer ao trabalho.
Porém a dita empresa e os seus superiores devem interpretar a situação da seguinte forma: " Ela não está em coma! Ela é mas é preguiçosa, porque passar o dia no bem bom ali sempre deitadinha a receber os nutrientes por tubos também eu! Vejam lá que nem para respirar se mexe a mandriona...respira por ventilação! Vai já para o olho da rua para não se armar em esperta!".
Sinceramente, prefiro pensar que isto tudo se trata de experimentar a vertente humorística da empresa e como tal aplicaram-na a este caso concreto. Se assim foi,os meus parabéns. O humor negro encontra-se em depressão.
