segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Praia

Eu gosto de praia, sempre gostei, mas ultimamente o enorme afluxo de pessoas/objectos
neste aprazado lugar tem me vindo a sugar a alma pouco a pouco.

Também não vou ser picuinhas ao ponto de asseverar que são todas as pessoas/objectos que se encontram na praia que me inquietam, não. Fazendo bem uma análise percentual são cerca de...95%.

50% de pessoas a distribuir jornais, publicidade;
30% de polícias, carros de patrulha, jipes, segways;
10% de cães;
5% de chapéus voadores.


Logo a primeira ilação que podemos retirar desta análise é que os ditos banhistas, dos quais eu faço parte, estão em minoria, aliás arrisco mesmo a dizer que estamos em perigo de extinção, porque dos 5% que sobram ainda existem 1% que se afogam e outros 2% que vão parar a hospitais com traumatismos cranianos provocados por chapéus voadores.

Depois os que conseguem chegar ao areal e estender a toalha, ainda têm que coexistir os agentes a correrem atrás dos vendedores das bolas de berlim, ou como eu assiti recentemente, um polícia a correr atrás de um miúdo deixando o seu segway deitado na areia, o que fez com que outro miúdo furtasse o segway e que o pobre do polícia tivesse que voltar a correr para trás, em perseguição ao segundo miúdo.

Eu acho isto tudo muito bonito..só que o que é que acontece..eu tenho um azar incrível, palavra de honra, para apanhar todos os anos uma pedrinha no olho, que só pode ser retirada num oftalmologista, e o facto de ter vendedores de bolas de berlim e miúdos a fugirem de polícias por entre as pessoas deitadas, jipes a passarem ao pé da minha toalha, pessoas a darem-me papéis de publicidade muito diversificada - já agora se quiserem resolver o vosso problema de artrite contactem o Dr. Paulo Madeira - chapéus a voarem em minha direcção e cães a sacudirem-se ao pé de mim, faz com que a areia vá continuamente para os meus olhos e pensando que não acaba por me irritar um bocadinho.

Lá estão vocês a dizer que eu tenho mau feitio. Mas a sério, uma pedra no olho por mais pequena que seja, causa uma comichão!Talvez propunha a ideia de se deslocarem até à praia ou alguma pedreira ou mesmo onde está o "parque" dos gatos, isto para quem tem gatos em casa, e colocar uma areia no olho.

Se toda a gente nas praias fizesse isso, aposto que já ninguém corria, e andava tudo mais calmo. Tudo bem, a segurança na praia é preciso. Tudo bem, a publicidade sempre vai entretendo. Tudo bem, leva-se com um chapéu na testa. Mas que se faça tudo de forma tranquila e sossegada. Nada de correrias, está bem?

3 comentários:

Edu disse...

"...o que fez com que outro miúdo furta-se o segway..." - escreve-se "furtasse". Sim, eu sei, sou mesmo CHATO. (Podes apagar o comentário, I understand) :-)

Naty disse...

Claro que não...eu sei que se escreve furtasse e não furta-se, apenas estava a ver o quão és atento a este blog...mas acho que ainda podes melhorar o timing, demoras-te um pouco a responder =)

Ora essa, fico muito feliz pelas tuas correcções!!

Obrigada!

Edu disse...

"demoraste"... :-)